sábado, 8 de julho de 2017

08/07/2017 - Presidente Getúlio - SC

Há tempos não escrevo no blog. Até tinha esquecido como fazia. Outra coisa que eu não fazia há muito tempo era um longão de bike. Mas nesse final de semana reativei essas situações que estavam obsoletas, mas não esquecidas.

Eu, Flavio e Fabiano encomendamos uniformes de ciclismo com nosso amigo Ronnie de Presidente Getúlio e já estudávamos um jeito de ir buscar pedalando. Os uniformes seguem os padrões europeus de design e qualidade e são fabricados pela Furbo em Benedito Novo, fábrica que já tive o prazer de conhecer, inclusive já fui pedalando até lá pegar um uniforme com o Adilson que nos recebeu super bem. Por isso, se for Furbo não tem erro, é qualidade garantida.

O Fabiano ainda está se recuperando para enfrentar longas distâncias, então eu e o Flavio ficamos com a tarefa de rodar os 350 km para buscar os uniformes. No dia marcado acordei ás 4:00 hs da manhã, fiz um café reforçado, chequei todos os itens (um pedal longo desses é preciso se prevenir, por isso optei em levar um bagageiro) e saí do apartamento sem olhar pela janela.


Quando coloquei o pé na rua percebi que estava chovendo. Eu já sai com capa de chuva pois sabia que geralmente a serração está baixa e podia molhar, mas chuva ninguém esperava. Fui até o ponto de encontro para ver se o Flavio vinha mesmo. Ele chegou pontualmente e também surpreso com a chuva, mas desafio dado tem que ser cumprido e resolvemos encarar a estrada, pois a previsão era de tempo nublado.


O Flavio, sem capa de chuva, tremia igual uma vara verde. Ás vezes a chuva dava uma trégua, mas logo voltava com tudo e foi assim até o pé da serra de Jaraguá do Sul.




Era minha primeira subida dessa serra de speed e agora o bagageiro pesou um pouco. O Flavio foi um pouco na minha frente, mas antes do topo vi ele encostado olhando a bike. Ele foi fechado por dois ônibus que subiam a serra e acabou escorregando no asfalto e caiu. Por sorte não se machucou, apenas colocamos os manetes da bike no lugar e seguimos viagem.


Primeira parada para um lanche reforçado foi em Pomerode. Conseguimos nos lavar um pouco e verificar o mapa. Nossa ideia era passar pelo interior de Pomerode, chegar em Timbó e seguir até a BR-470 no trevo de Indaial. Optamos por esse trajeto para se livrar do trecho da BR-470 entre Blumenau e Indaial que não tem acostamento e é muito perigoso. Chegando em Timbó o pneu dianteiro do Flavio fura, rodamos ainda uns 5 km até fazer a troca. Um senhor nos emprestou um compressor para encher o pneu e nos deu a dica de cortar caminho por Rodeio, pois segundo ele iríamos pegar um atalho de 8 km e a estrada era boa e toda asfaltada. Foi uma péssima escolha, a estrada tem longos trechos de paralelepípedos que judiaram demais das bikes e da gente. Depois de muito sofrimento chegamos no portal de Rodeio onde descansamos um pouco e pegamos água.


Já na BR-470 o ritmo da pedalada rendeu e o sol resolveu aparecer. Chegamos em Presidente Getúlio próximo do meio dia e com 160 km percorridos.





Fomos procurar a loja do Ronnie. Assim que chegamos, ele já veio nos cumprimentar e agradecer pela visita. Conversamos bastante, pegamos nossas camisetas que ficaram iradas e depois das fotos já fizemos a despedida, pois ainda temos que voltar para casa.


Almoçamos ali perto, na Nutrigym, indicado pelo Ronnie, ambiente muito aconchegante e buffet com muitas opções a um preço bem acessível. Depois do almoço enchemos nossas garrafinhas de água e isotônicos e pegamos a estrada novamente.



Chegando em Apiúna o pneu dianteiro da minha bike estoura. Ele já estava "pela boa" mesmo, por isso levei pneu reserva e fiz a troca. Fui dar aquela apertadinha no bagageiro e o parafuso espanou. Não prestou. Pedalei um trecho com o bagageiro meio solto, não gostei. Passamos pela entrada de Rodeio e fomos até o trevo de Indaial. Novamente rendeu bem a pedalada na BR-470. Paramos em um posto para mais um lanche e eu tentei consertar o bagageiro, sem sucesso.



Tentamos amarrar com uma câmara mas não ficou bom. Fui levando assim mesmo, mas com muito receio. Antes dos paralelepípedos de Pomerode tomei uma decisão acertada: tirei o bagageiro da bike e com uma câmara fiz uma mochila para levar ele nas costas. Confesso que não foi muito confortável, mas passava mais segurança do que deixar ele solto na bicicleta.


Chegamos em Pomerode já era noite, subimos a serrinha num ritmo bom e a descida noturna foi adrenalina pura. Atravessamos Jaraguá do Sul e logo estávamos na rodovia do arroz.


Era quase 21:00 hs quando me despedi do Flavio. Quero agradecer a ele esses 322 km de parceria e superação.


Minha esposa já estava me esperando para ir numa festa julina. Tomei um banho rápido e em meia hora já estava saindo de casa para aproveitar 100% esse dia. Voltamos era 1:30 hs da madrugada quando finalmente fui descansar. Um abraço a todos que seguem o blog e aos poucos vou retomar as postagens.

Confira minha pedalada no Strava: