Há algumas semanas me inscrevi para participar desse desafio ainda novo para mim. Já participei de muitas provas de marathon, mas seria a primeira vez que eu encararia uma prova de cross country. O circuito foi desenhado no complexo da Expoville e não tive tempo de ir fazer nenhum pedal de reconhecimento. Sai do Vila Nova pedalando na chuva, mas logo a chuva parou e quando cheguei na Expoville o céu já estava mais claro.
Enquanto eu procurava o local para retirar o kit o pessoal da corrida já estava com os pés na lama.
Logo encontrei o Flavio e ficamos conversando sobre a prova e condições da pista.
O tempo começou a esquentar, a corrida terminou e antes da largada do mountain bike teve uma apresentação de free style.
Chega de ficar só olhando, vamos para o que interessa. Nessa hora chegou o Maneca, Pelinha e Cabelo para a torcida. Nos posicionamos para a largada que foi feita separada por categoria.
Eu estava calçando um tênis normal, pois a minha sapatilha nova veio sem algumas peças e na última hora tive que improvisar. Durante o trecho plano até dava pra acompanhar, mas quando entrei na trilha o bicho pegou. Aonde a bike não subia pedalando, tinha que empurrar e com esse tênis de corrida não dá. Patinei várias vezes tentando jogar a bike para cima do obstáculo.
Depois de sair da trilha tinha que enfrentar um morro de barro vermelho muito difícil para subir e mais ainda para descer. Parecia que eu caminhava sobre sabão. Passei por uma ponte feita com placa de compensado e tentei descer o morro montado na bike. A roda dianteira deu uma escorregada e não teve jeito, badalei. Cai um tombo e só não fui parar lá em baixo porque o mato me segurou. Logo veio mais um de rolo e outro escorregando ali outro caindo lá.
Quando pensei que o pior já tinha passado, era necessário passar por dentro de um riozinho e subir o gramado para completar a volta. Completei a primeira volta de 3,6 km e ainda faltavam mais quatro voltas. Pensei bem e abortei. Eu não estava preparado para isso. É um circuito muito técnico, diferente dos marathons que eu estava acostumado, mas totalmente possível de se completar. Eu desisti porque achei que não valeria a pena, só por isso. Se eu pudesse pelo menos caminhar empurrando a bike eu tinha continuado. Mas foi bom assim, reencontrei os amigos, descansei e fiquei torcendo pelo Flavio.
Logo apareceu o Cassiba com a Maria Julia para completar o time.
O Flavio estava muito cansado e com alguns problemas na bike, mesmo assim conseguiu completar a prova.
Parabéns ao Flavio e a todos que me apoiaram, mas infelizmente não foi dessa vez. Abraços.
domingo, 29 de junho de 2014
sábado, 21 de junho de 2014
21/06/2014 - Rio dos Cedros - SC
Há meses venho planejando esse pedal para Rio dos Cedros, mas por vários motivos ele foi sendo adiado. Depois de adequar o trajeto para ser possível fazê-lo em um dia, era só esperar o tempo cooperar. Comecei a acompanhar a previsão do tempo dez dias atrás e tudo indicava que seria um dia muito frio mas sem chuva. Marquei a data e convidei alguns ciclistas para fazer companhia. Liguei para a minha tia Selma informando que eu estava levando uma tropa para almoçar lá. Mas como é de costume a maioria estava com a agenda lotada, menos o Maneca que nunca negou um convite meu pois ele adora os pedais e eu organizo rsssss.
Passou um pouquinho das 5:00 hs da manhã quando encontrei o Maneca no posto do final da rua XV de Novembro no Vila Nova com a bike emprestada da Sra. Cabela. Realmente estava muito frio.
Encaramos a rodovia do arroz com muita névoa. O Maneca, muito patriota, levou até uma bandeira do Brasil presa na bike.
Passamos por Guaramirim e o centro de Jaraguá do Sul, chegamos num lugar desconhecido para nós mas as placas indicavam que estávamos no lugar certo. O dia amanhecia quando fizemos uma parada para o Maneca tirar a calça de lã que ele tinha colocado por baixo da roupa.
Seguimos num sobe e desce suave e encontramos quatro ciclistas que precisavam de cola para fazer remendos. Dei um tubo de cola para eles já que tínhamos bastante câmaras reservas e o Maneca ainda tinha cola sobrando. Conversamos um pouco e o "James Bond" perguntou para onde a gente iria. Falamos do nosso destino e o que ouvimos foi: "vocês conhecem a Estrada do Rio Manso? Aquilo é manso mesmo perto do que vocês vão enfrentar". Deu um nó na garganta.
Nos despedimos e isso se tornou assunto para os próximos quilômetros. Chegamos em mais um trevo.
Chegamos na comunidade de Garibaldi e já identificamos o início do circuito Vale dos Ventos.
O sol ainda estava tímido e a serração densa. Começamos a sentir a subidinha e paramos em uma casa para pedir um pouco de água.
A senhora da casa duvidou que chegássemos antes do meio-dia na barragem Rio Bonito. Mas ela não conhece a gente rsss. Logo começou a baixaria.
No primeiro alívio e sombra da subida fizemos uma parada para o lanche e para o Maneca fazer uma limonada com limões da região.
Fizemos algumas fotos na primeira passagem de água que tem sobre a estrada.
Não sei como descrever esse lugar, muito bonito é pouco.
Agora na segunda água sobre a estrada.
A neblina ficou para trás e agora o sol permanecia sobre nós. Só que começou um vento muito frio e ainda tinha subida. Chegamos na divisa dos municípios no ponto mais alto do nosso pedal 742 metros de altitude.
Agora a gente já estava em Rio dos Cedros, era só achar a casa da minha tia. Fazia tempo que eu não vinha pra cá e não lembrava muito bem da localização. E esse caminho é a primeira vez que faço. Seguimos em direção a barragem Rio Bonito.
Não encontrei a casa da minha tia e a ideia de irmos até a cachoeira Formosa foi abortada por votação: 2 X 0. Sem sinal de celular e sem telefone público o jeito foi pedir informação. Algumas palavras e um sobrenome são suficientes para se achar alguém aqui. Fomos informados que era necessário retornar por mais ou menos 5 km. Pelo menos era descida e barragem não falta nesse lugar.
Será que esse foi o motivo das desistências? |
Passou um pouquinho das 5:00 hs da manhã quando encontrei o Maneca no posto do final da rua XV de Novembro no Vila Nova com a bike emprestada da Sra. Cabela. Realmente estava muito frio.
Encaramos a rodovia do arroz com muita névoa. O Maneca, muito patriota, levou até uma bandeira do Brasil presa na bike.
Passamos por Guaramirim e o centro de Jaraguá do Sul, chegamos num lugar desconhecido para nós mas as placas indicavam que estávamos no lugar certo. O dia amanhecia quando fizemos uma parada para o Maneca tirar a calça de lã que ele tinha colocado por baixo da roupa.
Seguimos num sobe e desce suave e encontramos quatro ciclistas que precisavam de cola para fazer remendos. Dei um tubo de cola para eles já que tínhamos bastante câmaras reservas e o Maneca ainda tinha cola sobrando. Conversamos um pouco e o "James Bond" perguntou para onde a gente iria. Falamos do nosso destino e o que ouvimos foi: "vocês conhecem a Estrada do Rio Manso? Aquilo é manso mesmo perto do que vocês vão enfrentar". Deu um nó na garganta.
Eu, James Bond e Maneca |
Chegamos na comunidade de Garibaldi e já identificamos o início do circuito Vale dos Ventos.
O sol ainda estava tímido e a serração densa. Começamos a sentir a subidinha e paramos em uma casa para pedir um pouco de água.
A senhora da casa duvidou que chegássemos antes do meio-dia na barragem Rio Bonito. Mas ela não conhece a gente rsss. Logo começou a baixaria.
No primeiro alívio e sombra da subida fizemos uma parada para o lanche e para o Maneca fazer uma limonada com limões da região.
Fizemos algumas fotos na primeira passagem de água que tem sobre a estrada.
Não sei como descrever esse lugar, muito bonito é pouco.
Agora na segunda água sobre a estrada.
A neblina ficou para trás e agora o sol permanecia sobre nós. Só que começou um vento muito frio e ainda tinha subida. Chegamos na divisa dos municípios no ponto mais alto do nosso pedal 742 metros de altitude.
Agora a gente já estava em Rio dos Cedros, era só achar a casa da minha tia. Fazia tempo que eu não vinha pra cá e não lembrava muito bem da localização. E esse caminho é a primeira vez que faço. Seguimos em direção a barragem Rio Bonito.
Comecei a reconhecer essa região e enquanto tirava foto de uma placa, um senhor nos chamou e começou a fazer algumas perguntas mostrando interesse no que estávamos fazendo.
Conversa vai e conversa vem descobri que ele é irmão da tia Selma que mora logo abaixo. Enfim, chegamos na casa da tia Selma e do tio João já era 11:00 hs, eles são proprietários do Bar Trevo muito conhecido na região. Sobrou tempo para descansar um pouco, tomar um café quente e esperar o almoço.
Lá em cima batia um vento muito frio. Estávamos suados e o vento frio parecia que ia nos congelar. Já o tio e a tia acharam melhor ficar com uma camiseta de manga. Ficamos um pouco no sol e colocamos algumas peças de roupa para secar enquanto a gente conversava com a Aline filha da prima Preta. Depois de aquecidos fomos desbravar as belezas da região.
A tia chamou para o almoço e serviu o banquete: aipim, arroz, muita carne e salada. Claro que enchemos o prato e ainda repetimos, aqui não tem cerimônia, afinal o retorno seria mais longo. O Maneca descansou mais um pouquinho e logo nos despedimos.
Tia Selma, eu, tio João e Maneca no Bar Trevo |
Iniciamos a descida em direção ao centro de Rio dos Cedros e o pipeiro (cunhado da tia que trabalha no caminhão pipa) tinha acabado de descer molhando a rua. A bike ficou toda suja de lama e as roupas também, faz parte desse esporte.
No centro de Rio dos Cedros registramos nossa passagem na igreja, no terminal rodoviário e na prefeitura.
Próximo destino era Pomerode onde fizemos mais uma parada antes de subir a serrinha.
Depois do lanche fomos enfrentar a última serrinha do dia, muito sofrido isso depois de tantos sobe e desce.
Fizemos a última parada para encher as garrafas de água na cachoeira da santa e partimos.
Atravessamos todo o trânsito de Jaraguá do Sul e ás vezes me dava câimbras fortes que era necessário parar por alguns segundos. Quando chegamos na BR-280 a noite caiu, me despedi do Maneca pois pra ele é mais perto seguir sentido BR-101 e eu voltei pela rodovia do arroz.
Precisei fazer mais uma paradinha no posto Brüderthal, apesar do almoço reforçado e do lance estava com prego de fome. Só foi comer um salgado e tomar um energético que minhas energias se renovaram.
Cheguei em casa ás 19:14 hs com quase 190 km contabilizados.
Assim foi mais um dia de conhecer lugares novos, pessoas novas, de sofrer um pouquinho e se divertir bastante. Quero agradecer a minha esposa, tia Selma, tio João, primos e ao Maneca pela companhia e paciência nesse pedal. Com certeza vamos fazer mais vezes isso. Abraços.
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